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População e amostra

Em estudos na área da saúde bem como naqueles com foco em desempenho esportivo, frequentemente lemos os termos “população” e “amostra”. Mas você sabe o que eles significam? E qual a diferença entre eles? Quando podemos utilizar um e quando devemos optar pelo outro? Vem com a gente que te explicamos!

Ao realizarmos um trabalho científico é comum que tenhamos o desejo de concluir generalizando nossos resultados para todas as pessoas com características similares àquelas que as pessoas componentes do estudo tinham. Esse “todas as pessoas com mesmas características” refere-se ao conceito de população. Vamos pensar em exemplos reais! 

  1. Se realizarmos um trabalho avaliando todas as pessoas com diabetes tipo 2 residentes em Porto Alegre, estaremos adotando a população de diabéticos tipo 2 que residem em Porto Alegre. (As características em comum são a presença da doença e a cidade em que residem).
  2. Ao avaliarmos todos os nadadores sênior do clube Grêmio Náutico União estaremos adotando a população de nadadores acima de 60 anos deste clube. (As características em comum são o esporte que praticam, a idade que possuem e o clube que representam).

No entanto, é bastante comum em pesquisas com seres humanos não termos acesso ao todo. Isso ocorre porque o todo, muitas vezes, consiste em um número muito grande de pessoas, o que torna inviável o acesso a todos. Outro ponto que dificulta a realização de algumas pesquisas com a população é o orçamento, já que dependendo da avaliação a ser realizada, testar muitas pessoas pode ser extremamente oneroso. Você já pensou como seria difícil e caro avaliar, por exemplo, o crescimento ósseo de todas as crianças brasileiras? Pois então, por motivos como esses citados, muitos estudos acabam por utilizar apenas uma parte da população. 

Essa parte (ou fração) do todo é o que chamamos de “amostra”. A amostra de um estudo é, dessa forma, um grupo de pessoas retiradas da população para compor o trabalho. São as pessoas que serão avaliadas de fato. Mas, ao pensar em uma amostra, você deve estar atento à sua representatividade. Como a amostra visa representar a população de origem, ela deve ser REPRESENTATIVA dessa população. Mas o que isso significa? 

  • Uma amostra deve ser representativa do ponto de vista qualitativo. Isto é, deve ter as mesmas características de interesse da população de origem. Usando o exemplo 1 citado anteriormente, a amostra do estudo deverá ser composta por pessoas com diagnóstico de diabetes tipo 2 e que moram em Porto Alegre. Desta vez, não todas, mas uma parte delas, desde que tenham as mesmas duas características de interesse.
  • Deve também ser representativa do ponto de vista quantitativo. Ou seja, a quantidade de pessoas deve ser suficiente e adequada para que represente o todo. 

A análise da representatividade de uma amostra do ponto de vista qualitativo é simples. Basta que você se certifique que as características importantes que a população deveria ter para compor o seu estudo, estejam presentes nas unidades amostrais que serão selecionadas para o trabalho.

Mas como se certificar sobre a quantidade de unidades amostrais a serem incluídas?  O que devo fazer para saber se preciso de 20, 50 ou 200 pessoas para compor a amostra do meu estudo? A resposta está no resultado do cálculo para determinação do tamanho da amostra. Este tópico será abordado em detalhes nos posts futuros deste blog. Fique atento!

 

Professora Dra Rochelle Costa

Graduação plena em Educação Física (UFRGS); Mestrado e Doutorado em Ciências do Movimento Humano com ênfase em hidroginástica (PPGCMH/UFRGS); Pós-doutorado em Treinamento Físico para Populações Especiais (PPGCMH/UFRGS); Pós-doutorado em Metodologia da Pesquisa com ênfase em Bioestatística (PNPD/CAPES); Docente da Universidade de Brasília (UnB).

AUTORA

Professora Dra Rochelle Costa

Professora Dra Rochelle Costa

Graduação plena em Educação Física (UFRGS); Mestrado e Doutorado em Ciências do Movimento Humano com ênfase em hidroginástica (PPGCMH/UFRGS); Pós-doutorado em Treinamento Físico para Populações Especiais (PPGCMH/UFRGS); Pós-doutorado em Metodologia da Pesquisa com ênfase em Bioestatística (PNPD/CAPES); Docente da Universidade de Brasília (UnB).
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