Em post anterior, te contamos que é importante pensarmos em desenvolver a força explosiva dos nossos alunos. Isso pode ser realizado através do treinamento pliométrico envolvendo saltos! Hoje vamos te dar algumas dicas de prescrição da pliometria em meio aquático!
Como prescrever o treinamento pliométrico em meio aquático?
Assim como na prescrição de outros tipos de treinamento, você, professor, tem muita liberdade para ajustar o treinamento da forma que julgar mais adequada.
No entanto, te deixamos aqui algumas sugestões baseadas no que foi realizado em estudos científicos: pense em progressão de treinamento, ou seja, insira uma pequena quantidade de saltos nas primeiras sessões e, conforme o avanço da sua periodização, aumente o número de saltos realizados por sessão.
Em adolescentes e adultos jovens saudáveis, em fase inicial de treinamento, os participantes realizavam 64 a 90 saltos e, em fase final, chegaram a realizar 140 por aula (Arazi et al. 2012; Kamalakkannan et al. 2011; Miller et al. 2002; Ploeg et al. 2010). Nesses estudos, os participantes apenas realizaram o treinamento de saltos durante toda a sessão. Se você pensar em prescrever uma sessão inteira de pliometria para adolescentes e adultos jovens, pode se basear nesses números. No entanto, se você deseja realizar uma parte da sessão com exercícios de pliometria (e o restante da sessão é destinado para o treinamento aeróbio, por exemplo), você pode introduzir um número inferior de saltos dentro da sua sessão de hidroginástica e progredir a partir disso.
Já mulheres idosas iniciaram o treinamento realizando duas séries de oito saltos (16 saltos por sessão) e finalizaram o treinamento realizando 3 séries de oito saltos (24 saltos por sessão) (Ramírez-Villada et al. 2016). Fica aqui então a dica de número de saltos que podemos utilizar para a prescrição do treinamento pliométrico em mulheres idosas.
Quais os tipos de saltos utilizar?
Você é livre para optar! Utilize a sua criatividade!
Você pode realizar tantos saltos tradicionais realizados no lugar quanto em deslocamento pela piscina, de uma borda a outra, por exemplo.
Pode ainda, dependendo das características do seu aluno, pensar em realizar saltos partindo de um redutor de profundidade, aterrissando no solo da piscina e realizando um salto no lugar, em seguida (simulando o “drop jump” utilizado em meio terrestre). Ou ainda, partir do solo e saltar para aterrissar em cima do redutor de profundidade.
Em todos os tipos de salto que utilizar, lembre sempre de estimular seu aluno a realizar o salto de maneira explosiva! O agachamento que precede o salto deve ser realizado em alta velocidade, a fim de estimular a transferência de energia dessa fase para a próxima (do salto propriamente dito).
Posso utilizar o minitrampolim?
Muitas vezes podemos pensar em realizar os saltos no minitrampolim para o treinamento pliométrico. Mas atenção! O treinamento pliométrico preza por movimentos rápidos e explosivos. Quando o aluno realiza o salto no minitrampolim, ele perde essa velocidade, devido ao amortecimento da cama elástica. Então, cuidado ao utilizar o minitrampolim durante o treinamento pliométrico.
E quais os benefícios comprovados do treinamento pliométrico em meio aquático? Fique ligado nos próximos posts!